terça-feira, 16 de abril de 2024

OZYMANDIAS

 




Encontrei um viajante vindo de uma antiga terra

Que me disse: — Duas imensas e destroncadas pernas de pedra

Erguem-se no deserto. Perto delas, sobre a areia

Meio enterrado, jaz um rosto despedaçado, cuja carranca

Com lábio enrugado e sorriso de frio comando

Dizem que seu escultor soube ler bem suas paixões

Que ainda sobrevivem, estampadas nessas coisas inertes,

A mão que os escarneceu e o coração que os alimentou

E no pedestal aparecem estas palavras:

"Meu nome é Ozymandias, rei dos reis:

Contemplai as minhas obras, ó poderosos e desesperai-vos!"

Nada mais resta: em redor a decadência

Daquele destroço colossal, sem limite e vazio

As areias solitárias e planas se espalham para longe.

Percy Bysshe Shelley, publicado em 1818.

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"Ozymandias" é um conhecido soneto de Percy Bysshe Shelley, publicado em 1818[1]. Provavelmente o poema mais famoso de Shelley, foi escrito para competir com um amigo, Horace Smith, que escreveu outro soneto intitulado "Ozymandias"[2]. Além do poder de seus temas e imagens, o poema é conhecido por virtuosa dicção. O esquema de rimas é incomum e cria um efeito sinuoso e entrelaçado. Análise "Ozymandias" foi escrito em dezembro de 1817 e publicado no The Examiner de 11 de janeiro de 1818 e republicado em Rosalind and Helen volume de 1819. Temas Shelley utiliza a imagem de uma estátua de Ozymandias (apelido grego do faraó Ramessés II) para descrever temas como a arrogância, a transitoriedade do poder, a permanência da arte e a relação entre artista e sua obra.

Ramsés II (Museu Britânico)
"Meio enterrado, jaz um rosto despedaçado"

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