Encontrei um viajante vindo de uma antiga terra
Que me disse: — Duas imensas e destroncadas pernas de pedra
Erguem-se no deserto. Perto delas, sobre a areia
Meio enterrado, jaz um rosto despedaçado, cuja carranca
Com lábio enrugado e sorriso de frio comando
Dizem que seu escultor soube ler bem suas paixões
Que ainda sobrevivem, estampadas nessas coisas inertes,
A mão que os escarneceu e o coração que os alimentou
E no pedestal aparecem estas palavras:
"Meu nome é Ozymandias, rei dos reis:
Contemplai as minhas obras, ó poderosos e desesperai-vos!"
Nada mais resta: em redor a decadência
Daquele destroço colossal, sem limite e vazio
As areias solitárias e planas se espalham para longe.
Percy Bysshe Shelley, publicado em 1818.
*
"Ozymandias" é um conhecido soneto de Percy Bysshe Shelley, publicado em 1818[1]. Provavelmente o poema mais famoso de Shelley, foi escrito para competir com um amigo, Horace Smith, que escreveu outro soneto intitulado "Ozymandias"[2]. Além do poder de seus temas e imagens, o poema é conhecido por virtuosa dicção. O esquema de rimas é incomum e cria um efeito sinuoso e entrelaçado. Análise "Ozymandias" foi escrito em dezembro de 1817 e publicado no The Examiner de 11 de janeiro de 1818 e republicado em Rosalind and Helen volume de 1819. Temas Shelley utiliza a imagem de uma estátua de Ozymandias (apelido grego do faraó Ramessés II) para descrever temas como a arrogância, a transitoriedade do poder, a permanência da arte e a relação entre artista e sua obra.
*
contato estelar